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Submissions          /        Submissões           /        Sumisiones

Submissions until january 15.                 Submissões até 15 de janeiro.                Sumisiones hasta 15 de enero.

Results on january 20.                              Resultados em 20 de janeiro.                 Resultados el 20 de enero. 

 

 

 

 

 

1) Pôster/ Poster

 

A Sessão de Pôsteres é destinada à apresentação de trabalhos de pesquisa, experiências profissionais e de estágio ou relatos de caso. Podem ser submetidos por estudantes de graduação. O resumo deve ter entre 150 e 200 palavras com indicação de 3 palavras-chave. O Pôster deve ser preparado de forma clara e estética e disporá de um espaço útil de 0,8 m de largura x 1,0 m de altura. Embora a organização do pôster seja livre, pedimos que constem as seguintes sessões mínimas: introdução, objetivo, métodos e resultados. A apresentação dos pôsteres será nos dias 9 e 10 de março de 17:00 às 18:00. Todxs xs (co)autorxs devem estar inscritxs. 

 

The poster sessions are destined to the presentation of researches, professional and internships’s experiences or case studies. Graduation students can submit to this category. The abstract must have between 150 and 200 words and there must be 3 key-words. The poster must be 0,8m wide x 1,0m high and configurated in a clean and easy to understand way. Although the organization of the posters is free, we ask that it contains at least: introduction, objective, methods and results. The presentations will take place in march 9th and march 10th, from 5pm to 6pm. All (co)authors must be registered.

 

La sesión de Pósters está destinada a la presentación de trabajos de investigación, experiencias profesionales y de estancia o relatos de caso. Pueden ser enviados por estudiantes de licenciatura/pregrado. El resumo debe tener entre 150 y 200 palabras indicando 3 palabras-chave. El Póster debe ser preparado de forma clara y estética y dispondrá de un espacio útil de 0,8 m de ancho x 1,0m de alto. Aunque la organización do póster sea libre, pedimos que consten las siguientes informaciones mínimas: introducción, objetivo, métodos y resultados. La presentación de los pósters será el 9 y 10 de marzo de 17:00 a 18:00. Todxs lxs (co)autorxs devem estar registradxs.

 

 

2) Mostra de práticas em Psicologia/ Exhibition of Practices in Psychology/ Muestra de prácticas en Psicología

 

Trata-se de comunicação oral de práticas e experiências interventivas em todas as áreas da Psicologia e Diversidade sexual e de gênero. Serão exposições orais de 15 minutos de práticas profissionais de psicologia no campo da diversidade sexual e de gênero. São convidadas e convidados a submeter trabalhos aquelas e aqueles profissionais e estudantes que trabalham no campo da clínica, da saúde mental, das políticas públicas, da educação, das áreas organizacionais e trabalho bem como no campo da política e das instituições sociais, incluídas as práticas de estágio. Podem apresentar propostas profissionais ou estudantes de Psicologia. O resumo deve ter entre 150 e 200 palavras com indicação de 3 palavras-chave. Caberá às comissões científica e organizadora a distribuição dos trabalhos por afinidade. As sessões acontecerão nos dias 8 e 11 de março, de 17:00 às 18:00. Todxs xs (co)autorxs devem estar inscritxs.

 

This category is destined to oral presentations of practices and intervention experiences in all the areas of Psychology and sexual and gender diversity. For each participant, there will be a 15 minutes oral presentation. Professionals and students who work in the clinic, in the mental health system, with public policy, education, organizational areas and politics and social institutions are welcome to submit to this category. Both professionals and students may propose presentations. The abstract must have between 150 and 200 words and there must be 3 key-words. The scientific and organization committee will distribute the subscribed works by affinity. The sessions will take place at march 8th and march 11th, from 5pm to 6pm. All (co)authors must be registered.

 

Se trata de comunicaciones orales de prácticas y experiencias de intervención en todas las áreas de la Psicología y la Diversidad sexual y de género. Serán exposiciones orales de 15 minutos de prácticas profesionales de psicología en el campo de la diversidad sexual y de género. Son invitadas e invitados a enviar trabajos aquellas y aquellos profesionales y estudiantes que trabajan en el campo de la clínica, la salud mental, las políticas públicas, la educación, las áreas organizacionales y del trabajo, así como en el campo de la política y las instituciones sociales, incluidas las prácticas de estancia. Pueden presentar propuestas tanto profesionales como estudiantes de psicología. El resumen debe tener entre 150 y 200 palabras con indicación de 3 palabras-clave.Cabrá a las comisiones científica y organizadora la distribución de los trabajos por afinidad. Las sesiones se realizarán el 8 y 11 de marzo, de 17:00 a 18:00. Todxs lxs (co)autorxs devem estar registradxs.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

DETAILED INSTRUCTIONS here:
INSTRUÇÕES DETALHADAS aqui:
INSTRUCCIONES DETALLADAS aquí:

3. Thematic Symposiums/ Simpósios Temáticos/ Simposios Temáticos

 
Os STs oferecem um espaço para apresentação e discussão de pesquisas concluídas, ou em estágio avançado de desenvolvimento. Seu objetivo é reunir pesquisadoras e pesquisadores interessadas/os em temas ou em abordagens teórico-metodológicas afins, proporcionando um bom debate acadêmico. Todxs xs (co)autorxs devem estar inscritxs.
 
The thematic symposiums offer space for presentation and discussion of concluded researches or researches in late state of development. It’s objective is to gather researchers interested in similar themes or theoretical and methodological approaches to build a quality academic debate. All (co)authors must be registered. 
 
Los STs ofrecen un espacio para presentación y discusión de pesquisas concluidas, o en etapa avanzada de desarrollo. Su objetivo es reunir investigadoras e investigadores interesadas/os en temas o en abordajes teórico-metodológicos afines, proporcionando un buen debate académico.  Todxs lxs (co)autorxs debem estar registradxs.
 
Simpósios/ Symposiums/ Simposios:
 
3.1 Qué se necesita para tener una familia arcoiris: deseo parental, crianza de niños/as y estigma social /What it takes to have a rainbow family: Parenting desire, childrearing and social stigma/ 

 

Pedro Alexandre Costa (William James Center for Research, ISPA-IU)

Fiona Tasker (Birkbeck, University of London)

 

Pesquisas sobre o desenvolvimento de crianças em famílias arco-íris começaram na década de 1980, impulsionadas por disputas de custódia entre pais dos quais um deles revelou ser gay ou lésbica. Desde então, estudos comparando grupos de crianças criadas por casais do mesmo sexo e de sexo diferente mostraram que as crianças que crescem em famílias de casais do mesmo sexo têm um desenvolvimento semelhante aos seus pares. Este simpósio é sobre as experiências únicas associadas ao planejamento e ao ser uma família arco-íris, ou seja, famílias de pais/mães pertencentes a minorias sexuais ou de género. O conteúdo das apresentações diferem em suas abordagens metodológicas e disciplinares e em seus enquadramentos contextuais/sociais no estudo de famílias arco-íris. Este simpósio inclui contribuições sobre os diferentes aspectos do planejamento e do ser uma família arco-íris com o objectivo de proporcionar uma imagem alargada sobre como as pessoas LGBT+ formam e planeiam as suas famílias, sobre o seu bem-estar e ajustamento, e sobre quais as formas de opressão social que enfrentam e como eles estão lidando com isso.

 

3.2 Psicanálise, gênero e sexo: o que dizer e o que escutar? /Psicoanálisis, género y sexo: ¿qué decir y qué escuchar? / Psychoanalysis, gender and sex: What to say and what to listen?

 

Vinicius Anciães Darriba (UERJ)

Mauricio José d'Escragnolle Cardoso (UFPR)

 

Em que a psicanálise poderia contribuir para a reflexão contemporânea na Babel dos discursos de gênero provenientes das diferentes abordagens queer, das diversas propostas feministas ou oriundos da temática intersex, entre outros? O que a clínica psicanalítica permitiria tornar audível, a partir de sua douta ignorância, em nosso atual horizonte do sexo? Teria a psicanálise sua própria posição acerca dos problemas relativos à identidade de gênero ou sobre a diferença sexual numa época em que a referência a esta última se dissolve na multiplicidade de demandas particulares de reconhecimento? Ainda, com relação à luta que também é notória na atualidade, relativa a fazer avançar na esfera política e dos direitos o que há de novo quanto ao sexo e ao gênero, é preciso situar, em prol mesmo de sua dignidade, a dimensão do que restará por ela não subsumível. Quanto a isto, estará bem posicionada para dela lembrar-nos uma clínica que, como define Lacan (1977, p.11), concirna ao real como o impossível de suportar. O tema da relação entre clínica e política, em sua conjunção e disjunção, se fará assim relevante neste campo. Em particular pelo fato de que o acesso a determinados direitos se encontra hoje condicionado à inscrição da problemática do sujeito no discurso médico. A inserção do psicanalista neste debate passa, portanto, como não é raro, por articular também aí as injunções deste discurso.
A presente proposta de Simpósio endereça-se àqueles que se interrogam sobre tais temáticas no campo da pesquisa e da clínica em psicanálise, objetivando o intercâmbio em torno do que se esteja produzindo desde diferentes experiências e contextos.


 

3.3 A Psicologia e a saúde da população LGBT: desafios teóricos, práticos e políticos / La Psicología y la salud de la población LGBT: desafíos teóricos, prácticos y políticos / Psychology and health of LGBT people: Theoretical, practical and political challenges

 

Emerson F. Rasera (UFU)

Murilo dos Santos Moscheta (UEM)

 

Tomando como cenário a crescente atuação de psicólogas e psicólogos na política pública de saúde no Brasil, o objetivo desse Simpósio Temático é promover a reflexão sobre os modos de atenção em saúde à população LGBT, identificando seus principais impasses, bem como iniciativas exitosas. Visando alcançar esse objetivo, uma amplitude de trabalhos com diferentes temas podem enriquecer o debate: determinantes sociais da saúde da população LGBT; necessidades em saúde da população de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais; itinerários terapêuticos da população LGBT; saúde mental da população LGBT; a atenção psicológica no processo transexualizador; teorias e práticas psicológicas e a despatologização das identidades trans; acompanhamento e avaliação das políticas de saúde LGBT; participação do movimento LGBT e controle social na gestão dos serviços e na política de saúde; obstáculos no acesso aos serviços de saúde; desafios da intersetorialidade na atenção em saúde LGBT; formação dos diferentes profissionais de saúde para atenção à população LGBT; entre outros. Esperamos que a análise crítica desses temas possa contribuir para a construção de uma agenda política, técnica e científica que assegure os direitos de saúde dessa população e contribua com a construção de uma teoria e prática psicológica comprometida com a universalidade, equidade e integralidade.

 

 

3.4 Preconceito Contra Pessoas LGBT nos países ibero-americanos / Prejuicio Contra Personas LGBT en los países iberoamericanos / Prejudice against LGBT people in Latin American countries

 

Jorge Gato (Universidade do Porto)

Jaime Barrientos Delgado (Universidad Catolica del Norte)

 

Nas sociedades ditas desenvolvidas observa-se uma crescente visibilidade e acesso das pessoas LGBT a determinados direitos civis. Contudo, o preconceito e a discriminação em função da orientação sexual e da identidade de gênero persistem, com efeitos adversos para o bem-estar destas pessoas. Efetivamente, dados provenientes de inquéritos sociais e pesquisas realizados em vários países ibero-americanos indicam uma situação preocupante no que diz respeito a este tipo de preconceito em diversas arenas da vida das pessoas LGBT, desde o próprio direito à existência e autodeterminação, até diversos contextos de desenvolvimento como a conjugalidade, a parentalidade, a educação ou o trabalho profissional. Este simpósio pretende reunir comunicações provenientes de vários países e áreas disciplinares que, usando diferentes abordagens metodológicas, possibilitem uma reflexão enriquecedora acerca da temática proposta.

 

 

3.5 Gênero nas escolas: intersecções de raça, sexualidade e geração / Género en las escuelas: intersecciones de raza, sexualidad y generación / Gender in schools: Intersections of race, sexuality and generation

 

Amana Rocha Mattos (UERJ)

Marcos Ribeiro Mesquita (UFAL)

 

Este simpósio visa reunir pesquisas que discutam e analisem a questão do gênero nas escolas numa perspectiva interseccional. Os contextos escolares são cotidianamente atravessados por práticas discursivas, normas e conflitos que produzem, reificam e também desestabilizam as marcações de gênero. As escolas, tradicionalmente organizadas por uma concepção heteronormativa e cissexista de gênero, são espaço privilegiado em que a maioria de crianças e jovens vivencia seus processos de subjetivação. Nesse sentido, e considerando a existência cotidiana de diferentes tipos de violência de gênero nos espaços escolares, faz-se importante pensar dinamicamente de que modo as escolas têm promovido uma educação que tenha como horizonte uma prática democrática, de autonomia e de liberdade, ou reforçado práticas que classificam e hierarquizam as experiências de gênero a partir de lógicas sexistas, heterossexuais e racistas, delimitando critérios de distribuição da cidadania. Neste simpósio, debateremos trabalhos que pensem a produção do gênero nesses contextos dando destaque à sua articulação com marcadores sociais como a raça, a sexualidade e a geração, discutindo a interseccionalidade de gênero em seus diferentes efeitos e expressões. A escolha destes marcadores foi feita por serem, ao mesmo tempo, aqueles que mais refletem os processos de desigualdade e exclusão no âmbito dos discursos e práticas sociais, bem como, articulam modos de resistências de enfrentamento a estas mesmas lógicas por diferentes coletivos. Entendendo a interseccionalidade como uma posição epistemológica que não apenas reconhece a presença dessas categorias, mas compreende-as numa perspectiva não essencialista e não naturalizada. Discutiremos trabalhos que abordem as intersecções de gênero na escola pensando a articulação entre os marcadores sociais, e não sua mera adição. Nos contextos escolares, a diversidade pode tanto ser discutida e acolhida por estudantes, educadores/as e funcionários/as quanto silenciada. A psicologia e as áreas afins têm como desafio a construção de conhecimentos críticos no campo do gênero e sexualidade, que promovam práticas inclusivas em contextos como as escolas.

 

 

3.6 Saúde Trans-específica: desafios éticos e clínicos no estabelecimento de parâmetros e práticas de acolhimento / Salud Trans-específica: desafíos éticos y clínicos en el establecimiento de parámetros y prácticas de acogida / Health Trans-specific: Ethical and clinical challenges in establishing parameters and practices

 

Daniela Murta (PPGBIOS)

Flavia Teixeira (UFU)

 

A Resolução do Conselho Federal de Medicina - CFM 1482/97 pode ser considerada um marco para a atenção trans-específica no Brasil. Desde então, acompanhamos o debate sobre a demanda/oferta de cuidados em saúde para travestis e transexuais. Entre os efeitos de legitimidade produzidos pela Resolução, como a organização de serviços especializados na oferta de hormonioterapia e cirurgia de transgenitalização, especificamente neocovulvoplastia, na sua dobra, ela pautou as diretrizes de cuidado para a saúde da população trans, substituindo o Ministério da Saúde e as atribuições de outros Conselhos de Classe.  A influência do CFM na determinação da construção desta Política Pública é inegável e pode ser identificada quando observamos a relação entre os textos das Resoluções do CFM e as Portarias que instituem e redefinem o chamado “Processo Transexualizador no SUS”. De forma geral, a assistência a pessoas trans está organizada a partir de um referencial ancorado no diagnóstico. Expresso na formulação de políticas públicas ou na prática assistencial cotidiana, o cuidado em saúde está estruturado sobre a noção de que a travestilidade e a transexualidade são condições patológicas. Nesse sentido, o acolhimento e a assistência normalmente são orientados para a restauração de uma suposta coerência entre sexo e gênero justificando a necessidade da avaliação/fiscalização da capacidade da pessoa trans em alcançar a sua “nova” identidade. Ao analisar as condições de acesso ao Processo Transexualizador no SUS, identificamos entre os parâmetros definidos a exigência de avaliação psicológica e estudo meticuloso da história pessoal e familiar do sujeito com o objetivo de verificar a estabilidade de sua sensação de pertencimento ao sexo oposto ao designado no nascimento. Ainda que a atenção às demandas trans sejam realizadas por equipes multiprofissionais, é possível afirmar que nesse cenário é atribuído ao profissional psi um papel de destaque. A utilização de uma referência ancorada na produção de uma prova/verdade orienta para uma prática especifica que não apenas restringe o processo de cuidado como pode também ser capturada por discursos morais e normativos potencialmente estigmatizantes e discriminatórios. Para além do desejo de transição, as vivências trans são atravessadas por diversas outras questões a serem acolhidas e cuidadas, o que nesse modelo avaliativo e normalizador torna-se limitado e improvável. Supostamente escapando deste cenário, a Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – LGBT, de 2011, parece reconhecer outras necessidades de cuidado para além do que se convencionou chamar de Processo Transexualizador. No entanto, examinando o Plano Operativo da Política, percebemos que a integralidade desejada permanece atrelada ao atendimento nas esferas da média e alta densidade tecnológica, com discreto delineamento sobre como transversalizar o cuidado trans-específico. Sendo assim, considerando a necessidade de debater os parâmetros éticos e clínicos para o cuidado de pessoas trans no Brasil interessa-nos colocar em pauta as diversas práticas e discursos, seja no campo psi ou na atuação multidisciplinar, que vem sendo desenvolvidas na atualidade. Pretendemos colocar em discussão a prática do cuidado de travestis e transexuais em múltiplos espaços e dispositivos, a atuação profissional no contexto do movimento de despatologização das identidades trans, quanto problematizar políticas públicas vigentes em âmbito nacional e internacional e orientações de categorias de classe sobre a assistência a este segmento.

 

 

3.7 Olhares LGBT sobre o Direito à Educação: interseccções, alquimias e constubstancialidades / Miradas LGBT sobre el Derecho a la Educación: intersecciones, alquimias y consubstancialidades / LGBT perspectives on the right to education: intersections, alchemies and consubstantiality

 

Daniela Auad (UFJF)

Miriam Leite (UERJ)

 

Heterossexualidade e homossexualidade, negritude e branquitude, juventude e velhice, riqueza e pobreza são pares que se apresentam de diversas maneiras no cotidiano escolar e revelam construções e processos que historicamente correspondem a relações polarizadas, binárias e que comumente se prestam a “organizar” os sujeitos de modo a reforçar diferenças hierarquizadas, em uma desigual escala de valores. Essas dinâmicas e processos colocam grupos e indivíduos em situações de específicas vulnerabilidades. Trata-se de um conjunto de fatores cuja interação pode ampliar os riscos de populações numericamente vastas em relação a determinados tipos de violências e danos, assim como podem concorrer, se consideradas, para assegurar a possibilidade de proteção dessas populações. Desta forma, por exemplo, ser menina adolescente, negra, homossexual e moradora da periferia são identidades exemplares de como as vulnerabilidades podem se somar e corresponder a obstáculos ao desenvolvimento de um grupo populacional, causando, em última análise, um dano considerável à construção de uma sociedade que se pretende democrática. Assim, seja em uma perspectiva de Intersecção, seja diante da noção de Alquimia das categorias sociais ou, ainda, na perspectiva francófona da Consubstancialidade, o Simpósio Temático pretende receber trabalhos que debatam as variadas facetas do heterossexismo e das discriminações contra as pessoas LGBT tanto na perspectiva ampla e institucionalizada dos Sistemas de Ensino quanto nos detalhados tempos e espaços do cotidiano escolar. O debate sobre como são construídas, mantidas ou eliminadas as desigualdades de acesso e permanência no sistema escolar pode considerar a intersecção das maneiras de ser, por exemplo, jovem, negra e lésbica ou jovem, transexual e indígena. Cada uma dessas identidades e todas elas informam e conformam diferenciais de poder construídos em nossa sociedade. Estas diferenças hierarquizadas, usualmente, transformam todo um grupo de pessoas – percebidas como não homem, não branco e não heterossexual – em minoria social em relação ao que é notado e valorizado como masculino, branco e heterossexual. Assim, as relações de poder foram e continuam sendo engendradas socialmente a partir do acionamento de alguns pares binários naturalizados, os quais são utilizados para “organizar” os sujeitos de modo a reforçar diferenças hierarquizadas. Esses fenômenos revelam que os eixos raça e gênero, classe e gênero, geração e gênero, orientação sexual e gênero são importantes para o reconhecimento de variadas formas de violência, assim como são fundamentais para o seu enfrentamento. Ser reconhecida e se reconhecer indígena, branca, negra, heterossexual, bissexual, homossexual, moradora da periferia, da zona rural ou do centro, jovem ou adulta podem ser elementos de diferenciação, de reconhecimento e/ou de motivação de desigualdade e exclusões. A maneira como esses elementos são considerados ou silenciados pode ser determinante para o acirramento das desigualdades ou para a construção de uma sociedade onde igualdade e diferença são colocadas a serviço da eliminação das agressões no espaço escolar, as quais podem resultar em insucesso e abandono escolar de muitas/os jovens e crianças. Desta forma, ao considerar o debate travado na presente ementa, o Seminário Temático pretende receber trabalhos que debatam essas temáticas sob a ótica dos variados elementos do sistema escolar, desde a relação entre os corpos docente e discente, até marcos legais, programas governamentais e materiais produzidos por diferentes organizações governamentais e órgãos ou instituições Municipais, Estaduais e Federais. Também poderão ser problematizados os diversos aspectos da formação docente, assim como a promoção de programas e campanhas eficazes na diminuição das agressões à juventude lgbt no espaço escolar, as quais são comumente chamadas de homofobia, mas que urgem ser melhor especificadas também a partir da compreensão da transfobia, lesbofobia e heterossexismo. Há, portanto, que se questionar a maneira como essas violências todas inibem e obstacularizam acesso e permanência em todas as modalidades e níveis de ensino, da Educação Infantil, passando pelos Ensinos Fundamental e Médio e, ainda, ao longo do Ensino Superior e Pós-Graduações.

 

 

3.8 Muito além do arco-íris: a Psicologia e os ativismos LGBTQI contemporâneos / Mucho más allá del arcoiris: la Psicología y los activismos LGBTQI contemporáneos / Far beyond the rainbow: Psychology and contemporary LGBTQI activism

 

Mario Felipe Carvalho (UERJ)

Tatiana Lionço (UnB)

 

Quase meio século depois da revolta de Stonewall, as conformações da luta

política em torno de sexualidades e expressões de gênero dissidentes passou por diversas transformações ao redor do mundo. O objetivo deste simpósio é reunir trabalhos que tenham como objeto de estudo a participação da Psicologia, seja por meio de contribuições teóricas e técnicas bem como da participação da categoria de classe profissional em processos políticos, em articulação com ações coletivas de movimentos sociais e ativismos LGBT ou LGBTQI contemporâneos em diferentes contextos de luta política. Prevê traçar um panorama da relação da Psicologia com estes processos históricos apontando as diferenças e semelhanças na conjuntura política de diferentes países e regiões do globo, assim como os processos internos, regionais ou internacionais de articulação política. Neste sentido serão aceitos trabalho que tratem de temas como: dinâmica interna e organização de movimentos LGBTQI, manifestações de rua (incluindo as paradas do orgulho), produção de alianças com outros movimentos sociais, disputas internas, estabelecimento de agendas políticas, caracterização de inimigos ou adversários políticos, relação com contextos de fundamentalismo religioso e/ou ondas conservadoras, proposição de políticas públicas, processo de conquista de direitos, relações estabelecidas ou evitadas com diferentes esferas do Estado, entre outros temas. Apesar de trabalharmos mais diretamente com perspectivas teórica vindas do interacionismo simbólico e da teoria queer, a multiplicidade de referenciais e articulações teóricas é bem vinda e esperada.

 

 

3.9 Problematizando processos de subjetivação na experiência do envelhecimento LGBT e outras minorias sexuais e de gênero/ Problematizando procesos de subjetivación en la experiencia del envejecimiento LGBT y otras minorías sexuales y de géreno / Questioning subjective processes in LGBT and other sexual minorities aging experience

 

Cristian S. Paiva (UFC)

Fernando A. Pocahy (UERJ)

 

Diante dos esforços para compreender e oferecer melhores condições de vida para as novas gerações de brasileiras e brasileiros vivendo as novas formas e modos de envelhecer, a articulação com corpo, gênero e sexualidade ainda encontra-se tímida ou mesmo assombrada por fundamentalismos religiosos, científicos ou políticos. De certa forma, discutem-se as diferentes expectativas de vida relacionadas a homens e mulheres, informando-nos os limites corporais como tela do gênero, mas ligados às representações binárias e heterocisnormativas. Pouco ou quase nada sabemos sobre formas e experiências dissidentes à heteronormatividade. Raros têm sido os estudos sobre modos de vida na experiência da transgenereidade ou das lesbianidades. As parcas produções existentes no campo dos estudos de gênero e sexualidade ainda se encontram localizadas nas experiências de homens cis gays ou bissexuais.  No campo das práticas psi, especificamente, ainda há um grande silêncio sobre aspectos sóciopsíquicos relacionados ao processo de envelhecimento de LGBTs. As teorizações sobre desenvolvimento, ciclo de vida e trajetória biográfica ainda permanecem associados exclusivamente à normatividade heterossexual e familista.  Apostamos que as problematizações acionadas no campo das Ciências Humanas e Sociais e, particularmente, a Psicologia, oferecem um plano privilegiado na compreensão das formas de produção de processos de significação cultural e da emergência e as tensões que interpelam modos de ser idoso e idosa, especialmente ao tomar a cultura como elemento central nas experiências e experimentações da sexualidade e do gênero. A presente proposta de Simpósio Temático busca articular estudos e pesquisas(-intervenções) que problematizem a experiência da interpelação de modos de vida interseccionados aos marcadores do envelhecimento e identidades sexuais e de gênero, notadamente as experimentações LGBT. A proposta acolhe estudos empreendidos no campo das Ciências Humanas e Sociais que se articulem ao campo dos estudos de gênero e sexualidade em abordagens inter/trans/(in)disciplinares. Interessa ao ST dar visibilidade a trabalhos que abordem processos de subjetivação, memória e culturas de grupo; estratégias de recomposição identitária associadas a experiências de corporalidade, erotismo e afetividade; saúde psíquica e formas de sofrimento social associadas ao envelhecimento de LGBTs, Ao convocarmos estas propostas, ensejamos empreender uma cartografia da produção social e cultural do envelhecimento a partir de modos de vida e experimentações da sexualidade e do gênero ditas dissidentes das hetero/cis-normatividades, que tem se constituído em plano de interesse e compromisso social na pesquisa acadêmica.

 

 

3.10 Corpo, política e psicanálise / Cuerpo, política y psicoanálisis / Body, politics and psychoanalysis

 

Patricia Porchat (Unesp-Bauru)

Thamy Ayouch (Univesité Lille 3)

 

Esse simpósio pretende ser um espaço de discussão para aquelxs que vem trabalhando com uma psicanálise colocada em xeque pelas teorias de gênero e pela teoria queer. Aproximar a psicanálise de questões trazidas por essas teorias e pelos movimentos sociais não é sem consequências para o campo teórico e igualmente para a prática da psicanálise.  O estatuto do corpo em psicanálise é um dos problemas colocados em pauta por essa aproximação.  Na experiência clínica da escuta de pessoas trans encontramos aquelxs que demandam (ou consideram) a possibilidade de realizar alguma intervenção sobre o corpo (hormonal ou cirúrgica) visando a um maior bem-estar. Algumas já chegam em processo de hormonização por conta própria. O corpo que interessa ao analista é o corpo submetido aos efeitos da linguagem, o corpolinguagem (Leite, 2003). Trata-se de um corpo que não se desprega da linguagem e da estrutura do discurso. Poderíamos aproximar o corpolinguagem do termo que Butler usa para comentar a inexistência de uma distinção entre sexo e gênero, ou seja, o de um corpogênero? Butler entende gênero como normas simbólicas que operam sobre o corpo. Trata-se, portanto, de um corpo materializado pelo discurso, não no sentido lacaniano de uma estrutura com seus lugares, mas daquilo que circula nas diversas instituições de modo a instituir, através das relações de poder, a palavra através da qual alguém pode se narrar e tentar se traduzir. Mas o corpo não aceita totalmente aquilo que lhe é imposto. Esse corpo repete as normas reguladoras de sexo e de gênero, é pela repetição que os fenômenos do corpo, do gênero e do sexo se instalam, mas é igualmente através dela que uma transformação pode ocorrer. Na ênfase concedida às questões de gênero, talvez o corpogênero possa ser entendido como uma modalidade do corpolinguagem. Talvez se possa considerar outras modalidades, levando-se em conta as marcas sociais de exclusão: por exemplo, o corpodeficiente, o corporefugiado, enfim, corpos cujo efeito produzido pela linguagem ao constituí-lo,  não possam ser pensados sem o atravessamento da relações de poder e de exclusão. O corpo do qual se fala em análise, nos casos de pessoas trans, é muitas vezes um corpo em transformação. Podemos pensar num discurso sem palavras, cuja escrita e criatividade, cuja prática política (como vão dizer autores queer) aconteça no corpo? Haveria algo da ordem de uma exclusão social, de desvalorização ou preconceito em relação às pessoas que fazem de seu corpo veículo de transmissão, de comunicação, de narrativa de si, de produção de sentido?  Caso a psicanálise tome essa postura, correria ela um risco de se alinhar às normas, não tanto de gênero, mas às normas de corpo, ou seja, aquelas que fazem do corpo um objeto sagrado, intocável, não modificável? Sexualidade e gênero são questões ou temas discutidos no e pelo corpo das pessoas LGBT. O controle dos corpos foi tematizado por Foucault com suas considerações sobre o Regime disciplinar e sobre o Biopoder (controle dos indivíduos e controle da população). Que papel cabe à psicanálise nessa discussão? E de que modo a sua concepção de corpo permite compreender as transformações sociais fora do campo da patologia e independente de um juízo de valor que atribua qualquer espécie de verdade acerca da saúde mental das pessoas trans ou daquelxs que fazem modificações corporais? Não percamos de vista que ser enquadrado como doente é a porta de entrada para tornar-se vítima de exclusão social, preconceito, violência, e assassinato.

 

 

3.11 Discursos psi, cinema e teoria queer / Discursos psi, cine y teoría queer / Psych speeches, cinema and queer theory

 

Jamil Cabral Sierra (UFPR)

Juslaine de Fátima Abreu Nogueira (Unespar)

 

Inúmeros estudos e pesquisas têm nos apontado que tanto os discursos psi quanto o cinema tramam importantes dispositivos pedagógicos que têm produzido os significados que damos ao nosso corpo e ao corpo do outro, afetando as formas de viver identidades de gênero e sexuais. Some-se a isto o fato de que, na contemporaneidade, movidos por uma racionalidade biopolítica neoliberal, os discursos psi e o cinema também têm se constituído, em muitos casos, em espaços privilegiados de produção identitária que, antes de tudo, operam na lógica do reconhecimento do sujeito de direito e das retóricas de inclusão de nossa época. Por outro lado, também entendemos que por meio do cinema, especialmente em sua produção contemporânea, é possível encontrar tematizadas divergentes estéticas pós-identitárias, as quais têm possibilitado a emergência de múltiplos corpos e múltiplos gêneros, bem como a produção de novas subjetividades. Tais subjetividades podem, em alguma medida, promover deslocamentos nos discursos psi que conformam gêneros e sexualidades, inclusive por meio de práticas de medicalização e judicialização dos corpos. Aprendemos todos em meio a essas disputas e somos perturbados e atingidos, também, pelas transformações e subversões dos sujeitos que deslizam e escapam das classificações em que ansiamos por localizá-los. Ao tomar essas relações como fundamento, este Simpósio Temático pretende criar um espaço de socialização e discussão de pesquisas que coloquem sob suspeita verdades sobre os corpos, os gêneros e as sexualidades. Nesse sentido, interessam-nos: (a) trabalhos que abordem criticamente o corpo e suas práticas de gênero e sexualidade, na interface entre os discursos psi e a Teoria Queer; e/ou (b) trabalhos que abordem políticas do corpo, processos de constituição das feminilidades e das masculinidades, práticas de subjetivação, experimentações estéticas, processos de criação e poéticas queer, no âmbito do discurso fílmico.

 

 

3.12 Gênero, sexualidades e diferenças no cotidiano escolar: experiências e formação de professores e professoras / Género, sexualidades y diferencias en la cotidianidad escolar: experiencias y formación de profesores y profesoras / Gender, sexualities and differences in everyday school life: Experiences and training of teachers

 

Anna Paula Vencato (UFMG)

Fernando de Figueiredo Balieiro (UFPel)

 

Nas últimas décadas, com maior ênfase a partir de 2003, vimos a entrada de temas como gênero, sexualidade, relações-raciais nas políticas educacionais. Como exemplo, desde 2006, o curso Gênero e Diversidade na Escola é oferecido com apoio do MEC por diversas instituições, envolvendo universidades públicas, buscando oferecer formação em gênero, sexualidade e relações étnico-raciais para professores da rede pública. No entanto, esforços políticos para implementação de programas educacionais mais sistemáticos no que tange ao combate à violência de gênero, homofobia e racismo foram alvo de resistência continuada por certos setores políticos com representação nos partidos, câmaras municipais, estaduais e federal, senado e no executivo. Este ST tem como principal objetivo congregar pesquisas que busquem compreender como gênero e sexualidade se articulam e impactam na experiência de sala de aula, bem como refletir sobre as experiências pedagógicas que lidem com a temática. Pretende-se discutir desde a questão da formação docente, tanto a de base quanto a continuada em gênero, sexualidades e diferenças, até como esses temas aparecem trabalhados no cotidiano da escola. Além disso, visa-se identificar experiências que negativas e/ou positivas do contexto político e educacional atual que influenciaram no modo da escola lidar com questões de gênero, sexualidade e suas intersecções com outras diferenças (classe, raça/etnia, geração, religião). Neste sentido, além de pesquisas que versem sobre o impacto de programas e iniciativas que lidem com gênero na escola, serão bem-vindos trabalhos que reflitam acerca dos impactos no cotidiano da escola e no trabalho docente da retirada do termo "gênero" dos Planos de Educação de diversos municípios do país, além do possível impacto do Projeto de Lei conhecido como "Estatuto da família" no (não) reconhecimento de diferentes arranjos familiares que possam existir dentro da comunidade escolar.

 

 

3.13 Interdisciplinaridade no estudo das questões de saúde, discriminação e direitos humanos de travestis e transexuais no Brasil / Interdisciplinaridad en el estudio de las cuestiones de salud, discriminación y derechos humanos de travestis y transexuales en Brasil / Interdisciplinarity in the study of health issues, discrimination and human rights of transvestites and transsexuals in Brazil

 

Maria Inês Costa Dourado (UFBA)

Luís Augusto Vasconcelos da Silva (UFBA)

 

A saúde de pessoas trans, incluindo travestis, mulheres transexuais e pessoas cuja identidade de gênero difere das expectativas sociais, tem finalmente recebido crescente atenção mundial, como mostram relatórios de alguns países, inclusive do Instituto de Medicina dos Estados Unidos em 2011(1), e a recente Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais no Brasil. (2). E dados publicados fora do Brasil demonstram que esta população apresenta necessidades de saúde específicas e importantes. Além disso, pessoas trans podem apresentar uma combinação de vulnerabilidades, tais como: condições socioeconômicas desfavoráveis (quando sua identidade de gênero aparece interseccionada a um contexto de pobreza e escassez de recursos), práticas de transformações corporais sem acompanhamento médico (uso de hormônio e silicone), práticas sexuais de risco (sobretudo aquelas que trabalham no mercado do sexo), estigma, discriminação e violência decorrentes da sua identidade de gênero (transfobia). Observa-se uma escassez de estudos interdisciplinares com métodos mistos entre pessoas trans abordando temas importantes para a promoção da saúde. Portanto, a proposta deste simpósio temático é produzir um espaço de discussão e debate interdisciplinar, que agregue diferentes áreas e métodos (quantitativo e qualitativo), sobre situação de saúde, discriminação e direitos humanos entre pessoas trans. Destaca-se que o estigma, a discriminação e as questões dos direitos humanos são considerados barreiras importantes para a promoção da saúde dessa população. Finalmente, neste simpósio, espera-se agregar também estudos e reflexões sobre avanços e limites no processo transexualizador no SUS, a (des)patologização da transexualidade, acesso a serviços de saúde, assim como prevenção das doenças sexualmente transmissíveis (DST), discutindo as novas tecnologias de prevenção - a prevenção combinada - incluindo a profilaxia pré-exposição(PrEP) e pós exposição ao HIV (PEP).

 

3.14 Formação em Psicologia, Gênero e Sexualidade / Formación en Psicología, Género y Sexualidad / Training in psychology, gender and sexuality

 

Mara Lago (UFSC)

Simone Ouvinha Peres (UFRJ)

 

Gênero e sexualidade despertam cada vez mais interesse entre estudantes e pesquisadores/as da área Psi. No entanto, o número crescente de pesquisas e publicações não se reflete necessariamente na inclusão desta discussão nos currículos de graduação e pós-graduação. O objetivo deste ST é por em pauta a pertinência das discussão sobre gênero e sexualidade no percurso de formação psi.

 

 

3.15 Psicologia e parentalidades na diversidade / Psicología y parentalidades en la diversidad / Psychology and parenting in diversity

 

Anna Uziel (UERJ)

Marcos Nascimento (Fiocruz)

 

Temos assistido ao aumento da visibilidade de famílias constituídas por pessoas do mesmo sexo, gerando debates que perpassam diferentes saberes como as Ciências Sociais, a Psicologia, o Direito, a Medicina, entre outros. Ainda muito timidamente são incluídas travestis e pessoas trans nas discussões. De igual modo, a visibilidade de filhos e filhas homossexuais e/ou transexuais tem se tornado cada vez mais comum nas famílias. Desse modo, nos interessa discutir dois grandes pontos vinculados ao exercício da parentalidade: (1) de que modo orientações sexuais e identidades de gênero atravessam a construção do desejo pela maternidade e paternidade e seu exercício cotidiano na criação de filhos e filhas. Quais são os percursos trilhados por pessoas sozinhas e/ ou casais em âmbito de suas conjugalidades para chegarem ou abdicarem de filhos pretendidos ou preteridos? Quais as respostas institucionais às diferentes demandas por filiações? De que forma os saberes médicos, jurídicos e psicológicos emergem nesse cenário e como têm se posicionado? (2) de que maneira homens e mulheres lidam com a revelação da homossexualidade e/ou da transexualidade de seus filhos e filhas? Que tipos de conflitos são gerados por essa revelação no âmbito da família? Em que medida a Psicologia e outros saberes tem se apropriado dessa temática e contribuído para que a família não seja um locus de exclusão, discriminação e preconceito? Este Simpósio Temático tem por objetivo discutir questões referentes à parentalidade a partir das experiências de famílias cujos/cujas adultos/as se identificam como gays, lésbicas, travestis e transexuais e/ou há a presença de filhos e filhas homossexuais e/ou trans, encorajando a apresentação de trabalhos em português, espanhol e inglês.

 

 

3.16 Trabalho, gênero e sexualidade / Trabajo, género y sexualidad / Work, gender and sexuality

 

Guilherme Almeida (UERJ)

Jaqueline Gomes de Jesus (UFRJ)

 

Nos últimos anos, cresce a discussão sobre questões LGBT que vai se tornando mais visível. Se nos anos 90 um dos focos era saúde e combate ao HIV/Aids especialmente entre os gays, as décadas seguintes puderam criar uma pauta em torno de direitos de diversas ordens. O direito ao trabalho e a possibilidade de ampliação do mercado de trabalho, consequência de uma maior escolaridade da população LGBT nos últimos anos, é um dos grandes desafios. Este ST pretende discutir as agendas, os desafios e as experiências que o cruzamento entre gênero, trabalho e sexualidade têm apresentado. 

 

 

3.17 Sida,  género y sexualidad en el contexto atual / Aids,  gênero e sexualidade no contexto atual / AIDS, gender and sexuality in the current context

 

Simone Monteiro (Fiocruz)

Veriano Terto Junior (ABIA e UFRJ)

 

Frente aos avanços nas tecnologias rápidas de diagnóstico do HIV e às evidências dos efeitos do tratamento precoce na redução da transmissão do vírus, as políticas de controle da epidemia de Aids têm priorizado a implementação de estratégias de testagem e tratamento universal, com foco nos homens que fazem sexo com homens, travesti e prostitutas. O ST Aids, gênero e sexualidade objetiva reunir experiências e estudos sobre a população LGBT relacionados ao atual contexto da epidemia Aids, visando ampliar a discussão sobre as implicações e desafios das políticas nos cenários locais e seus efeitos na participação e luta por direitos

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